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Os Enamoramentos - Javier Marías

Numa entrevista concedida em 2006 para a revista Paris Review, Javier Marías declara que, para ele, uma das melhores perspectivas a partir das quais se pode narrar uma história é a de um fantasma. Não que o escritor espanhol de 65 anos se considere supersticioso, mas o arquétipo ocidental do fantasma traz engastados elementos particularmente interessantes para um ficcionista: afinal, trata-se de uma figura que, embora tenha deixado o plano físico da vida terrena, ainda pode acompanhar, como testemunha, os eventos mundanos que sucedem sua morte. “Um fantasma “, diz Marías, “é alguém a quem tudo já aconteceu, e que não pode realmente intervir — ou só pode fazê-lo de maneira sutil. Ao mesmo tempo, trata-se de um ser que ainda se importa com o que deixou para trás, tanto assim que retorna. Pode-se dizer que meus narradores são fantasmas, em certo sentido. São passivos, mas continuam curiosos, atentos.”          Publicado na Espanha cinco anos após a entrevista (e traduzido no Br

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