Errata


A citação de abertura é do Karl, e não do Groucho.

Página 7, linha 16: onde está escrito “Mariana sentou-se no fogão aceso”, leia-se “Mariana fechou-se no porão e rezou”. O terceiro parágrafo do quinto capítulo traz uma descrição do “inchaço estranhamente posicionado sob a calça de Pedro” que soa desastrosamente erótica, já que o revisor deu um jeito de sumir com a referência anterior à íngua que acometia o personagem na região da virilha, nesta cena. Deve-se provavelmente também a esse equívoco o fato de o livro ter tido sua classificação etária elevada em 20 anos, embora não se possa eximir a má fé do censor de toda a culpa.

Entre as páginas 38 e 41 faltaram, como o leitor mais perspicaz certamente terá notado, duas coisas: as páginas 39 e 40. Nelas, além de uma convincente justificativa para a prosa pedestre que, segundo um punhado de críticos, impregna o restante da obra, está a chave para resolver o enigma das visões de macacos alados que a Sra. Meireles tem, desde o segundo capítulo. Do jeito que saiu, o leitor terá a corriqueira impressão de que a idosa era uma simples viciada, salientada pelo fato de o pó branco encontrado em sua bagagem no capítulo dezenove ter sido erroneamente classificado pelos técnicos da alfândega como “Noiato de Sádico”, e não “bicarbonato de sódio”, como constava do original.


Capítulo 8, páginas 195, 197 e 200 — troque:


 “Mijo” por “rijo”.

 “Mate-se, se for homem” por “Mate-me, se for homem”.

 “A lua banhava a calcinha” por “A lua banhava a calçada”.


Tenho recebido cartas indecorosas de leitores indignados com uma suposta sugestão de incesto cometida pela personagem Lívia, na página 245, quando seu adoentado pai reúne a prole pela última vez, para deliberar sobre os termos do testamento. Esclareço que a fala, em tom de desafio, correta de Lívia ao ouvir o genitor ameaçar tirar o nome dela do documento é “pois exclua-me, filho da mãe!”, e não “pois possua-me, filho da mãe!”, como saiu.

Eu sinceramente não sei por que todos os verbos do capítulo 16 saíram conjugados no futuro, se esta é a única parte da trama que se passa no século XIX.

A morte de Pedro se dá, desnecessário dizê-lo, pela queda súbita de “um bólido flamejante”, em vez de “um bode flamenguista”. E, falando em times, pelo amor de Deus, a frase “corinthianos são acéfalos” definitivamente não foi escrita por mim no rodapé da folha de rosto, como tentei inutilmente explicar ao grupo de torcedores que me abordou hoje cedo, na esquina da Fernando Correa com a Miguel Sutil.

Finalmente, se alguém tiver notícias da folha desaparecida ou do paradeiro de meu revisor, favor entrar em contato. Quero queimá-los pessoalmente.

E no fim é epílogo, e não prólogo.

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